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Conheci Dona Antônia no dia de sua morte.

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O coração estava tão enfraquecido que mal consegui ouvi-lo com o estetoscópio. A respiração calma e espaçada indicava a proximidade do último suspiro.

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Os profissionais de saúde ao redor daquela cama não tinham a intenção de impedir a morte. Eles conversavam com a família sobre sentimentos, memórias e a importância do cuidado. 

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O meu primeiro dia de estágio na faculdade de Medicina foi o último dia de vida daquela mulher.

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Dona Antônia morreu em casa, sem dor, ao lado das pessoas que amava. Com ela, aprendi que a finitude é um fato e que a morte pode ser bonita.

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“Para morrer como um passarinho” reúne histórias reais de pacientes em cuidados paliativos, atendidos em domicílio, pelo SUS, no interior de Minas Gerais.

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Em um país que troca o “quando eu morrer” por “se eu morrer”, como se houvesse escolha, falar sobre a morte é urgente e necessário para ressignificar a existência humana. 

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Após finalizar a leitura, você vai querer aproveitar cada minuto até o fim.